Dizem que nasce todos os dias para todos e que sua luz traz vida. Cantado por poetas e desejado em dias de inverno, o sol irradia um espectro complexo de ondas desde o ultravioleta até o infravermelho. A maior parte deste matiz é absorvida pela atmosfera, particularmente as radiações com cumprimento de onda menor que 320 nm e maior que 1100mn. Assim, recebemos raios ultravioleta (de 320 a 400nm), faixa visível de luz (400 a 700nm) e infravermelho (700 a 1100nm). Interessa-nos hoje falar dos raios ultravioleta. Considerações acerca da faixa visível apresentaremos no próximo artigo. Quanto aos raios ultravioleta, são importantes por seu interesse clínico. Estes raios agridem nossa pele, cabelos e olhos. Culturalmente sempre nos preocupamos mais com a exposição de nossa pele e com o risco de doenças a ela relacionadas, particularmente o câncer de pele, mas o risco de lesões oculares causadas pelos raios ultravioleta deve ser pauta do sujeito que se preocupa com prevenção como ferramenta para incremento de qualidade de vida. Os raios ultravioletas que incidem na superfície dos olhos são em sua maior parte absorvidos com o objetivo de minimizar ao máximo o alcance da retina, que é mais susceptível de lesões. A incidência de raios ultravioletas na conjuntiva é causa de lesões como pterígio e pinguécula, que podemos entender como excrescências do branco do olho, normalmente do lado do nariz, que tendem a se elevar ou crescer em direção ao colorido do olho. A córnea, o vidrinho de relógio do olho, pode sofrer queimaduras agudas, típicas da exposição intensa e pontual, chamada ceratite fotosolar. Esta situação é comum em casos de contemplação do sol como em eclipses. A exposição cotidiana, sem contemplação direta, pode levar a ceratites degenerativas com perda gradual da transparência corneana. Já o cristalino, nossa lente natural do olho, sofre transformações com as radiações ultravioleta que vão redundar em catarata. Sabe-se hoje que este é um fator de grande importância na catarata senil ao lado da hereditariedade. Finalmente, a retina, o tecido nervoso em forma de tapete que reveste internamente nossos olhos, é a região mais sensível do olho ao ultravioleta. A exposição aguda como na contemplação, leva a queimaduras que, se severas, podem causar perdas irreversíveis de visão. Esta queimadura denomina-se coriorretinite fotosolar aguda. A exposição continuada pode levar a uma série de lesões, dentre as quais a mais conhecida é a DMRI - degeneração macular relacionada à idade. Alguns cuidados são importantes na prevenção de lesões oculares por raios ultravioletas, dentre os quais destacamos:
01. Nunca olhe diretamente para o sol. Em ocasiões de eclipse solar, siga as recomendações específicas para observação do fenômeno.
02. Evite exposição ao sol, particularmente em superfícies altamente refletoras como areia da praia ou neve.
03. Use óculos escuros de boa qualidade e comprovada proteção aos ultravioletas.
04. Visite regularmente seu oftalmologista.
É isto aí! Cuidando bem de seus olhos você poderá sempre curtir as maravilhas do astro rei e enxergar as cores que ele dá ao mundo!
01. Nunca olhe diretamente para o sol. Em ocasiões de eclipse solar, siga as recomendações específicas para observação do fenômeno.
02. Evite exposição ao sol, particularmente em superfícies altamente refletoras como areia da praia ou neve.
03. Use óculos escuros de boa qualidade e comprovada proteção aos ultravioletas.
04. Visite regularmente seu oftalmologista.
É isto aí! Cuidando bem de seus olhos você poderá sempre curtir as maravilhas do astro rei e enxergar as cores que ele dá ao mundo!
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